segunda-feira, junho 12, 2006

Violência Doméstica...

Estamos na suposta era da igualdade e do respeito que os nossos ante-passados se esforçaram, lutando arduamente, para atingir! No entanto, é na nesta mesma era que aumentam, o racismo, a xenofobia, patriotismo exacerbado, a violência doméstica... e muito mais comportamentos que rotulam a sociedade mundial actual como a mais problematica, xenofoba, racista, desigual e intolerante!
Deste modo, irei começar por referir que este post vai incidir sobre a Violência doméstica, o seu aumento em Portugal e o que se pode fazer para diminuir.
Assim, iniciarei com uma breve definição do que é considerado Violência Doméstica por lei:

Violência doméstica é a violência, explícita ou velada, praticada dentro de casa, usualmente entre parentes. Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra a crianças, violência contra a mulher, maus-tratos contra idosos, e a violência sexual contra o parceiro.

Pode ser dividida em violência física — quando envolve agressão directa, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objectos e pertences do mesmo; violência mental — quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas; e violência sócio-económica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos económicos. Também alguns consideram violência doméstica o abandono e a negligência quanto a crianças, parceiros ou idosos.

Estatisticamente a violência contra a mulher é muito maior do que a contra o homem. Em geral os homens que batem nas mulheres o fazem entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho. A maioria dos casos de violência doméstica são classes financeiras mais baixas, a classe média e a alta também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e a sua família.

A violência praticada contra o homem, embora incomum, existe. Pode ter como agente tanto a própria mulher quanto parentes ou amigos, convencidos a espancar ou humilhar o companheiro. Também existem casos em que o homem é pego de surpresa, por exemplo, enquanto dorme.

É mais frequente o uso do termo "violência doméstica" para indicar a violência contra parceiros, especialmente contra a mulher. A expressão substitui outras como "violência contra a mulher". Também existem as expressões "violência no relaciomento", "violência conjugal" e "violência intra-familiar". (fonte: http://pt.wikipedia.org)

Assim, por estas razões, o Secretário Geral das Nações Unidas Kofi Annan referiu publicamente que:

"A violência contra as mulheres é talvez a mais vergonhosa violação dos direitos humanos. Não conhece fronteiras geográficas, culturais ou de riqueza.
Enquanto se mantiver, não poderemos afirmar que fizemos verdadeiros progressos em direcção à igualdade, ao desenvolvimento e à paz".

Por conseguinte, verifica-se que a violencia doméstica é uma violação que atinge não só as mulheres como também os homens adolescentes e crianças, tomando ainda várias formas de acção, no entanto, no nosso país em particular, esta atinge maioritariamente as mulheres, segundo dados que encontrei no site da Comissão para a Igualdade e para os Direitos da Mulheres (http://www.cidm.pt).Associação esta foi criada com o objectivo de combater o fenómeno da violência doméstica como factor indispensável à construção de uma sociedade verdadeiramente democrática, assente nos princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade e da justiça.
Nesse mesmo site, verifiquei que o numero de chamadas sobre denuncia de maus tratos têm vindo a aumentar e que em cerca de71.6% o agressor é o respectivo conjuge da vitima. Muitos mais dados estatisticos constam neste site, mas o que importa refeir é que estas associaçoes existem para ajudar as mulheres a libertar-se do MEDO, da VIOLÊNCIA DIÁRIA , da VERGONHA, para poderem ter uma vida sã , segura,normal e independente. No entanto, estas associações não são a única solução, até porque a melhor solução é a irradicação deste fenómeno, algo que só se faz através da consciencialização da sociedade face á problemática e também criando uma maior capacidade de reivindicação.
Para terminar, quero deixar um apelo a todas as vitimas de Violência Doméstica, quero que saibam que no exacto momento em que sofrem fisica ou psicológicamente uma agressão, outras pessoas estão na mesma situação, ou seja, não é só a você que isso acontece e não, amanhã ele ou ela, não vai estar arrependido (a), mas vai sim voltar a faze-la(o) passar pelo mesmo. Por esta razão, por favor não fique parada(o), vá de encontro às associações que a(o) querem e podem ajudar.
Vejam agora o mail que recebi:

>>>>>> >>>>>>Hoje Recebi Flores!
>>>>>> >>>>>>Não é o meu aniversário ou nenhum outro dia especial;
>>>>>>tivemos a
>>>>>> >>>>>>nossa
>>>>>> >>>>>>primeira discussão ontem à noite e ele me disse
>>>>>>muitas coisas
>>>>>> >>>>>>cruéis que me
>>>>>> >>>>>>ofenderam de verdade. Mas sei que está arrependido e não
>>>>>>as
>>>>>> >>>>>>disse a sério,
>>>>>> >>>>>>porque ele me enviou flores hoje. Não é o nosso
>>>>>>aniversário ou
>>>>>> >>>>>>nenhum outro
>>>>>> >>>>>>dia especial.
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>>Ontem ele atirou-me contra a parede e começou a
>>>>>>asfixiar-me.
>>>>>>
>>>>>> >>>>>>Parecia um
>>>>>> >>>>>>pesadelo, mas dos pesadelos acordamos e sabemos que não
>>>>>>é real.
>>>>>> >>>>>>Hoje acordei
>>>>>> >>>>>>cheia de dores e com golpes em todos lados. Mas eu sei
>>>>>>que está
>>>>>> >>>>>>arrependido
>>>>>> >>>>>>porque ele me enviou flores hoje. E não é São Valentim
>>>>>>ou
>>>>>> >>>>>>nenhum outro dia
>>>>>> >>>>>>especial.
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>>Ontem à noite bateu-me e ameaçou matar-me. Nem a
>>>>>>maquiagem ou
>>>>>> >>>>>>as mangas
>>>>>> >>>>>>compridas poderiam ocultar os cortes e golpes que me
>>>>>>ocasionou
>>>>>> >>>>>>desta vez.
>>>>>> >>>>>>Não pude ir ao emprego hoje porque não queria que se
>>>>>> >>>>>>apercebessem. Mas
>>>>>>eu
>>>>>> >>>>>>sei que está arrependido porque ele me enviou flores
>>>>>>hoje. E
>>>>>> >>>>>>não era dia da
>>>>>> >>>>>>mãe ou nenhum outro dia.
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>>Ontem à noite ele voltou a bater-me, mas desta vez foi
>>>>>>muito
>>>>>> >>>>>>pior. Se
>>>>>> >>>>>>conseguir deixá-lo, o que é vou fazer? Como poderia eu
>>>>>>sozinha
>>>>>> >>>>>>manter os
>>>>>> >>>>>>meus filhos?
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>>O que acontecerá se faltar o dinheiro? Tenho tanto medo
>>>>>>dele
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>>Mas dependo tanto dele que tenho medo de o deixar. Mas
>>>>>>eu sei
>>>>>> >>>>>>que está
>>>>>> >>>>>>arrependido, porque ele me enviou flores hoje. Hoje é um
>>>>>>dia
>>>>>>
>>>>>> >>>>>>muito
>>>>>> >>>>>>especial: É o dia do meu funeral.
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>>Ontem finalmente conseguiu matar-me.
>>>>>> >>>>>>Bateu-me até eu morrer.
>>>>>> >>>>>>Se ao menos tivesse tido a coragem e a força para o
>>>>>>deixar...
>>>>>> >>>>>>Se tivesse
>>>>>> >>>>>>pedido ajuda profissional... Hoje não teria recebido
>>>>>>flores!
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>>Por uma vida sem violência!!!!
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>>Partilhem esta mensagem... para criar consciência.
>>>>>> >>>>>>Não podemos deixar que continue. É uma realidade muito
>>>>>>triste.
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>> PARA QUE SE TENHA RESPEITO PARA COM A
>>>>>>MULHER
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>> Morrem 5 Mulheres por mês em Portugal vítimas de
>>>>>> >>>>>>maus-tratos!
>>>>>> >>>>>>
>>>>>> >>>>>> Mulheres lembrem-se, é vital ultrapassar o sentimento
>>>>>>de
>>>>>> >>>>>>culpa e DENUNCIAR

4 comentários:

Fábio Costa disse...

Muito bem, sempre bem informada! Concordo, mais uma vez, contigo. é mais um ponto muito triste na nossa sociedade para que alertas. é delicado porque a maior parte das vitimas nao querem denunciar os agressores e preferem continuar a sofrer. isso é o k torna o problema grande, pk as vitimas nao colaboram e assim ajudam os seus agressores... è mt dificil...
bjs ffs

J Rebelo da Silva disse...

Triste, esta nossa realidade.

Anónimo disse...

Here are some links that I believe will be interested

Anónimo disse...

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