quinta-feira, outubro 19, 2006

Dissertação

É impressionante o tempo que demoramos a fazer uma dissertação...comecei às 14h30 e acabei, sensivelmente, por volta das 17horas! Arre! E mesmo assim, tenho a noção que está má (para não dizer pior). Isto porque amanha vamos ter de a ler em voz alta para complementar...porque o tema é comum a todos! E isso assusta-me! Brrr...

Mesmo assim, decidi partilha-la com vocês! Ora cá vai:

Dissertação:

“Quem sou eu?”

No ano de 1888, o dia de Santo António viu, tal como o sol surge no horizonte, surgir o poeta mais enigmático da literatura portuguesa. De seu nome Fernando António Nogueira Pessoa, ficou singularmente conhecido por Fernando Pessoa.
E tal como o sol se põe, Fernando Pessoa falece no dia 30 de Novembro de 1935, na mesma cidade onde nasceu, Lisboa.

Teve uma vida discreta, marcada pelos estudos, pelo comércio como «correspondente estrangeiro», profissão que desempenhará ao longo de toda a vida.
No entanto foi como poeta que se notabilizou. Estando a sua obra associada às novas correntes modernistas como o Paùlismo, o Interseccionismo e o Sensacionismo, que se caracterizam como a ruptura com as tradições académicas, pela liberdade de criação e de pesquisa estética.
A obra poética de Fernando Pessoa toma especial relevo quando nos referimos os heterónimos, estes que iniciaram o processo de ruptura ou experiências modernistas e que se constituem como personalidades próprias individualizadas do autor. São eles, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Os heterónimos podem ainda ser vistos como a expressão de diferentes facetas da personalidade do autor. Não esquecendo Bernardo Soares este que é considerado um semi-heterónimo. Ricardo Reis tem como características, o epicurismo (carpe diem) e o estoicismo, assim como uma indiferença céptica, um semipaganismo e um estilo clássico, vive o drama da fugacidade da vida e da fatalidade da morte. Já Alberto Caeiro constitui-se como sendo o poeta da Natureza, interpreta o mundo a partir dos sentidos, interessando-lhe a realidade imediata e o real objectivo que as sensações lhe oferecem e negando a utilidade do pensamento. Por último, em Álvaro de Campos está presente uma exaltação da força, da violência, devido a apologia da civilização industrial marcada pela intensidade e velocidade. Todavia, nele também estão presentes a melancolia, a depressão, o tédio e o cansaço perante a incapacidade de realização.
Para além destes, Fernando Pessoa escreveu também como ortónimo, criando obras marcadas pelo cepticismo, a fragmentação do eu, a melancolia, a angústia existencial, a nostalgia pela infância, o tédio e a dor de pensar. Todavia, não podemos estudar a poesia do Ortónimo sem referir a nova concepção de arte, O Fingimento poético, que consiste na intelectualização do sentir. Ou seja, não há arte sem imaginação, logo o real deve ser imaginado de forma a exprimir-se artisticamente, concretizando a arte.
Na obra de Fernando Pessoa ortónimo, podemos ainda verificar, o gosto pelo popular através de rimas externas e internas, da redondilha maior, e uma grande sensibilidade musical.
A Mensagem, foi o único livro em língua portuguesa publicado por Fernando Pessoa, e constitui uma epopeia fragmentária, em que o conjunto dos textos líricos traçam a história de Portugal, notando-se um forte nacionalismo místico de carácter sebastianista.
O livro Mensagem está dividido em três partes: Brasão, Mar português e O Encoberto.
Afinal, Quem é Pessoa? Recorrendo ao latim, pessoa deriva de persona que significa representar na figura de uma pessoa, ou seja, ser uma personagem. E, de facto, Fernando Pessoa, foi, não uma personagem, mas muitas personagens, digamos que foi múltiplo e por essa razão único!

9 comentários:

Anónimo disse...

Já percebi porque é que não gostas dos morangos.
Porra que Chata!
Aquela da tempestade igual ao teu estado de espirito é mais pirosa do que todos os episódios.
Tem juizo.

Maria! disse...

Gostei da dissertação.Não está seca e lê-se bem até ao fim...
Agora força pa amanha...

Beijinhos***
(Vozes de burro não chegam ao céu!)

Maria Araújo disse...

Ana,já te disse que gostei da dissertação.Está muito bem elaborada na minha opinião!
parabéns!

Anónimo disse...

gostei bastante, mas axo que podias melhorar na parte de Fernando Pessoa heterónimo. Quando falas na "personalidade" de Alberto Caeiro poderias dizer que é tudo aquilo que Fernando Pessoa queria ser (por isso encarado como o seu mestre), no sentido de estar tão virado para a felicidade muito pura e simples, coisa que Pessoa não conseguia obter devido ao fingimento poético aliado à dor de pensar, ou seja, à racionalização do mundo sensível.

N leves a mal a intromissão, é so uma sugestao minha, mas axo k ha smp kk koisa mais ke se pode aprender com os outros =)

***

Ana Melita disse...

Claro que compreendo! E até agradeço :)

Este trabalho foi introdutório e como aínda estou a estudar o órtonimo não apreofundei os meus conhecimentos sobre os heteronimos! Mas claro que podia ter feito uma pesquisa mais acesa! Obrigado pela dica ;)!

Beijos

Inexitah disse...

Quem é pessoa?

É um génio.
Simplesmente um génio.

PAULO SANTOS disse...

um beijinho muito bom para ti ...(daqueles simples que não provocam ciumes nem confusões...)!
O trabalho esta bom e objectivo, subscrevo aquela pequena nota em que refere o heteronimo caeiro como o ideal de pessoa.
Porem.... acho que podias ter jogado com os heteronimos e acentuar a tonica de cada um deles brincando com as palavras!!!
No enteanto, o trabalho em si mesmo é eficaz e pleno!
Não leves a mal estes pequenissimos reparos, vindo de alguem que te quer bem e apenas tem o intuito de te ajudar a melhorar ainda mais!!!


Paulo

PAULO SANTOS disse...

um beijinho muito bom para ti ...(daqueles simples que não provocam ciumes nem confusões...)!
O trabalho esta bom e objectivo, subscrevo aquela pequena nota em que refere o heteronimo caeiro como o ideal de pessoa.
Porem.... acho que podias ter jogado com os heteronimos e acentuar a tonica de cada um deles brincando com as palavras!!!
No enteanto, o trabalho em si mesmo é eficaz e pleno!
Não leves a mal estes pequenissimos reparos, vindo de alguem que te quer bem e apenas tem o intuito de te ajudar a melhorar ainda mais!!!


Paulo

Fábio Costa disse...

Ora aqui está um excelente trabalho. Como sabes a literatura portuguesa nao é a minha especialidade, logo nao posso fazer uma apreciaçao mais permonorizada.Mas o texto está muito bem elaborado e muito informativo. Gostei em especial da conclusao!
Bjinhos fofos so para ti!!